Jovens ingressam na Unemat por ações de extensão
Antes de serem acadêmicos, Gonçalina e Lucas já eram atletas da Unemat de nível nacional
Por Hemília Maia
12/08/2025

O acesso à universidade pode acontecer antes mesmo da escolha profissional ou da tão sonhada graduação. Este é o caso dos estudantes do curso de Educação Física da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), em Cáceres, Lucas Gabriel dos Santos Oliveira e Gonçalina Delfino da Silva. Ambos chegaram à universidade pela extensão. Na prática, extensão universitária nada mais é do que levar o conhecimento produzido na universidade para fora dos muros acadêmicos e, ao mesmo tempo, trazer demandas e saberes da comunidade para dentro dela.
Essa troca é feita por meio de projetos, cursos, oficinas, eventos culturais, atendimentos, serviços e outras ações que envolvem estudantes, professores e técnicos, sempre em diálogo com a população. Neste caso, Lucas e Gonçalina já eram atletas medalhistas de parabadminton pelo programa de extensão universitária da Unemat “Ensino, Vivência e Aprendizagem do Esporte”, quando se tornaram acadêmicos de Educação Física. O parabadminton é a versão adaptada do badminton voltada para pessoas com deficiência.
Integrantes do Centro de Referência Paralímpico Brasileiro da Unemat (CRPB-Unemat) desde 2022, ambos têm 19 anos de idade e encontraram no esporte autoestima, amigos, força interior, vontade de ir em frente e uma carreira a seguir. Atualmente, Gonçalina é vice-campeã brasileira Sub-23 da classe funcional WH2 e Lucas é o terceiro do ranking nacional Sub-23 da classe SL3.
O parabadminton segue as regras básicas do badminton convencional, mas com adaptações nas categorias, na classificação dos atletas e, em alguns casos, nas dimensões da quadra, para garantir condições justas de jogo. Gonçalina, que já faturou 10 medalhas em competições estaduais e nacionais, joga em cadeira de rodas, e Lucas, que é jogador andante, já ganhou 18 medalhas nas competições estaduais e nacionais que disputou.

(Foto: Jaime França)
Cuidar das pessoas
A menina que já sonhou em ser enfermeira e fisioterapeuta conta que é movida pela vontade que sente em "cuidar das pessoas". Na Educação Física, a sua área de vislumbre está relacionada com a formação do bacharel, que é atividade física e saúde, área que trabalha em equipes multidisciplinares, hospitais de reabilitação e com o esporte para pessoas com deficiência.
Gonçalina, que acabou de entrar na graduação, já faz planos. “Lá na frente, eu vou estar com o meu diploma, vou ter uma carreira, vou mostrar que consegui”, mas nem sempre foi assim; a atleta conta que, antes do esporte, ficava em casa, não tinha amigos, e nem mesmo se movia adequadamente com sua cadeira. “Depois que eu conheci o parabadmintom, vi que eu tinha potencial e um futuro”.
A vice-campeã, que está treinando muito com o objetivo de ser campeã em 2025, tomou conhecimento do programa pelo professor Emanuel Carvalho, supervisor do CRPB/Unemat, que foi na escola onde ela cursava o Ensino Médio convidar jovens para a prática esportiva.
Gonçalina deixa um recadinho para os jovens que hoje estão no lugar que ela já esteve: “Se você está em casa pensando ‘ninguém gosta de mim, eu não tenho amizade, eu não faço esporte’, vai lá no ginásio da Unemat e mude tudo isso. Lá não tem só parabadminton, tem atletismo, natação, vários esportes”.

(Foto: Jaime França)
Tudo começou na piscina
Lucas chegou até a Unemat pelas aulas de natação proporcionadas pelo programa “Ensino, Vivência e Aprendizagem do Esporte”; depois, trocou a piscina pela quadra, e o parabadminton foi amor à primeira vista.
Do acolhimento pelo esporte, veio a vontade de se tornar aluno. O menino, que sonhava tentar Medicina para trabalhar no "IML, Politec", entrou na Educação Física como segunda opção, percebeu que também podia estudar anatomia, e já concluiu um semestre satisfeito com a nova escolha.

Paralímpiadas Escolares
Emanuel conta que os dois atletas começaram suas trajetórias nas Paralimpíadas Escolares, Lucas em 2022 e Gonçalina em 2023. “Foi a partir dos resultados deles neste evento de formação para competições, desenvolvido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, que enxergamos a importância de levá-los a outro nível de competição, já de nível adulto Sub-23. Seguimos apostando no potencial deles, tanto como atletas quanto acadêmicos”, declarou Emanuel.
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